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Foi Gigante…

Escrito por Luiz Carlos Leitão

Depois das imagens sensacionais que vimos nas ruas, podemos dizer que tivemos um Sete de Setembro histórico. A população saiu em massa sob protesto para defender a liberdade, o respeito a Constituição e algumas pautas deste governo. Atos pacíficos, ordeiros, alto astral, negando aceitar a fervorosa ditadura de Toga que enfrentamos neste momento.

Estas manifestações foram uma resposta dura as propensões autoritárias advindas da nossa composição atual do Supremo Tribunal Federal. Um Supremo provocador, autoritário e descumpridor da lei.

O que se viu é que enquanto o STF insistir em continuar agindo ostensivamente para impedir o governo Federal de governar, o país não terá paz e a população esclarecida, em massa, demonstrou isso quando foi para as ruas.

Independente do grupo politico e da corrente ideológica ocupante do governo, o povo vê o país sendo assaltado pelos supostos defensores da democracia que não querem deixar a liberdade prosperar. E isso afeta diretamente a vida de todas as pessoas. 

Os principais envolvidos, após o sete de setembro, fizeram pronunciamentos inócuos, ignoraram o povo nas ruas e mantiveram o foco nas falas toscas do presidente Bolsonaro que nem sempre se acerta com as palavras, erra no tom, comete excessos, porém é autêntico. É mais fácil analisar essa autenticidade do presidente Bolsonaro do que a finesse desses ministros, alguns políticos e parte da imprensa que trazem belas frases montadas, porém sem conteúdo fático nenhum.

Este 7 de setembro representa a maior vergonha da imprensa brasileira em toda a sua história, imprensa essa que ajudou em determinado momento, a que tivéssemos democracia no país, mas ignora hoje os objetivos da população por desejos escusos.

As pessoas estão atentas e inconformadas com estas manobras vindas dos gabinetes e sancionadas por manchetes absurdas e sínicas que dizem que o povo na rua é golpe.

O STF deflagrou uma crise institucional no país, está atropelando a legalidade, invadindo os poderes do congresso e impedindo o presidente de governar. Nossas autoridades democráticas precisam ouvir a voz dos donos da democracia enquanto ainda dá tempo.

O discurso do ministro Luiz Fux, presidente do STF foi muito bonito, pesado e cheio de belas frases bem estruturadas, porém desconexas com a realidade e de uma hipocrisia absoluta. 

O Supremo continua atravessando os poderes, ameaçando cidadãos, detendo e embargando a liberdade de expressão. Ministros continuam com seus super salários, privilégios de toda ordem, favorecimentos e regalias próprias de um poder que perdeu a noção do que é abuso. Se tivéssemos justiça e os ministros dessem o exemplo, talvez algum ponto do discurso dele valesse alguma coisa. 

Luiz Fux fez uma manobra diversionista e estava furioso, mas tudo não passou de uma encenação, um verdadeiro teatro. Estava falando pra bolha em que ele vive, que não é só do judiciário, mas também para os seus partidários que agora passaram a achar bonito que ministros do STF não cumpram a nossa Constituição. 

Eles fazem o que querem porque a constituição deu a eles a palavra final do que é constitucional ou não. Esquecem que a mesma constituição não deu a eles o poder de emitir Propostas de Emenda, pois esse é o papel do congresso nacional, eleito pelo povo. Contudo, o poder legislativo federal se demonstra omisso, covarde e muito comprometido.

Dizer que os manifestantes que foram pra rua estavam pedindo o fechamento do Congresso é subestimar a vontade popular. Na verdade, não se critica o Supremo, se critica os membros ruins da atual composição do Supremo.

O que a população pediu nas ruas foi que se preserve as liberdades individuais, as instituições nacionais, a independência e harmonia entre os poderes da República, a paz e eleições limpas, ou seja, a democracia.

A imprensa associar a população na rua com característica golpista ou antidemocrática chega a ser uma informação vergonhosa. É um pacto de cinismo e de desrespeito, pois a mentira é descarada demais. Chamadas da imprensa se coadunam com os desejos do velho sistema que está sendo confrontado neste momento. Um universo paralelo que não se sustenta com as imagens e fatos que pudemos perceber neste dia 7 de setembro.